quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Uma análise sociológica do comportamento humano



Abordarei neste tema como as experiências sociais influenciam na personalidade do ser humano, modificando os seus comportamentos perante a sociedade. Ademais, ressalto conceitos trabalhados em sala de aula, analisando o fato social em questão: o suicídio, numa visão crítica e contemporânea. 
Em primeiro lugar, para entender um pouco mais sobre o tema pertinente e abordá-lo de forma mais fluída, pode-se dizer que o comportamento humano está relacionado a diversos fatores sociais. Entende-se de comportamento humano, como a manifestação de ações do indivíduo no meio social externo (fora de suas realizações pessoais) e interno (grupo familiar de convivência) e a suas formas de se relacionar entre si.
O ser humano visto como um ser social deve estar em constante relação com outros indivíduos, porém, não são todos que conseguem se “capacitar” para permanecer nesse constante relacionamento social. Sabe-se que a sociedade se transforma mais rápido do que o indivíduo se amolda ela, isso provoca, muitos vezes, um conflito de valores e comportamentos seguidos por uma pessoa e os valores e comportamentos produzidos na vida em sociedade.
Essas divergências ocasiona a descentralização do sujeito tanto no meio social, quanto no seu relacionamento consigo mesmo. Isto germina uma série de conflitos pessoais, permitindo ao individuo mudar seus comportamentos formais e informais diante de situações que antes já prevalecia conceitos, opiniões e ações diferenciadas. Essas consequências provocam – segundo o texto de Stuart Hall “A identidade cultural na pós-modernidade” – uma “crise de identidade”.
Essa crise de identidade pode modificar o comportamento de qualquer indivíduo em graus distintos, a maioria passa por esse processo sem perceber consequências diretas, entretanto, existe uma minoria que sofre com essa tão intitulada crise de identidade. Um exemplo exímio disso estão nos indivíduos que sofrem de algum tipo de preconceito fora de sua “zona de conforto”, recebendo uma carga de insultos e indiferenças que outrora não tinham vivenciados.
Dos problemas que se podem perceber entre essa minoria que sofrem com essa crise, podemos colocar em pauta a temática que está sendo tratado por nosso blog: o suicídio. Por mais espantoso que pareça, as principais causas que motivam as pessoas a ceifarem suas vidas são relacionados a problemas vividos em sociedade: problemas familiares, expectativas inalcançadas, experiências traumáticas.
Em um livro escrito por Karl Marx em co-autoria com Jacques Peuchet, diretor dos Arquivos da Polícia de Paris, chamado “Sobre o suicídio”, Marx tece as relações entre a vida privada e a estrutura social. Analisa o suicídio como expressão extrema de uma sociedade doente, de um sistema que necessita de uma transformação radical para resolver não só as questões do campo da política e da economia, mas também as opressões nas relações sociais e o mal-estar dos indivíduos. 
Tal problema sempre foi objeto de estudo por sociólogos e estudiosos de diversas áreas, inclusive na psicologia e deve ser tratado como um tema pertinente na contemporaneidade e sem prazo de “validade”, pois, segundo Marx, é uma doença que afetou a sociedade e como tal, deve ser tratada.


AUTOR: KLEBER AMARAL

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